futilidade
- Lara Delgado
- 23 de mai. de 2018
- 2 min de leitura
Logo antes de publicar algo aqui, ou mesmo assim que eu escrevo, peço opinião para algumas pessoas das quais não tenho vergonha em me despir.
Há alguns dias pedi que Henrique lesse um post que estava começando a escrever e,depois de ter me falado que estava bom, perguntei à ele se não era muito fútil.
A resposta foi simples e direta: "E daí?".
Pra quem sabe ler, um pingo é letra, não é? Mas, além de me responder que sim, estava, ele também me fez refletir um pouco na hora. Mas só após alguns dias que realmente fui pensar no assunto quando mencionei o episódio para minha psicóloga.
Sempre fui muito simples, fui criada dessa forma. Ao mesmo tempo sempre tive medo de esquecer quem sou, de onde vim, o que realmente é importante. A vida não entregou nada de bandeja pros meus pais e se estamos onde estamos hoje, é porque eles suaram muito pra conseguir, e eu acompanhei uma boa parte disso.
Eu nunca quis ser a Sharpay, nunca quis ser a Anahí, nunca quis ser a mocinha fútil sobre quem o mundo parecia ter a obrigação de girar ao redor. E eu não só não queria ser como morria de medo que fosse.
Mas a verdade é que não tem problema ser um pouquinho assim às vezes. Não tem problema ser o tipo de pessoa que pensa em si, sonha com bobeiras e vive uma vida de privilégios (desde que você entenda o quão privilegiado é e não desmereça os outros por não o serem).
As vezes a gente precisa fugir um pouquinho dessa realidade dura, dos milhares de problemas que vemos no mundo e nos importarmos com a gente, nossa felicidade. Sermos um pouquinho egoístas.
A gente tem que poder fazer uma wishlist com produtos caros que você sabe bem que não vai comprar sem sentir culpa, sem ficar triste.
Hoje a mensagem é: não seja tão duro consigo.
Beijos e até a próxima.
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